Elza Nunnes, em entrevista para Lígia Scalise.
“No melhor cenário, queremos contribuir, temos disposição e boa vontade, mas não sabemos como e o quê fazer. É uma espera passiva por ordens, direcionamentos e orientações. Queremos colaborar e ajudar com o coletivo, mas, como indivíduo, não sabemos o que temos para oferecer. Você já se sentiu assim? Já caiu na frustração de não enxergar como você poder somar?
Primeiro de tudo, gostaria de te dizer que você não está sozinha. Também preciso reforçar que, antes de olhar para fora, é preciso entender que o primeiro olhar é para dentro. Isso porque, antes de saber como ajudar, eu e você, precisamos saber o que temos para oferecer.
Somos seres em desenvolvimento. A gente não nasce sabendo sobre nossas capacidades e talentos. A resposta sobre o que temos para oferecer é fruto de um exercício diário e importantíssimo de autoconhecimento. Autoconhecimento é o caminho que nos permite avançar.
Meu convite de reflexão por aqui é então entender como podemos nos conhecer para, assim, saber como contribuir. E, para isso é preciso entender a tríade: autoconhecimento + autonomia + colaboração. Veja:
Trabalhar o Autoconhecimento é:
=> Olhar e cuidar das próprias dores
=> Trabalhar e desenvolver nossas capacidades
=> Conhecer nossos pontos fortes e pontos de desenvolvimento
Conquistar a Autonomia individual é:
=> Ter a clareza de como podemos contribuir
=> Se apropriar de nossas potências e talentos
=> Ganhar confiança sobre nossas capacidades
Ter Autonomia para somar na colaboração é:
=> Se sentir confiante para se disponibilizar: “Eu sei fazer isso. Tenho essa habilidade. Me sinto apta para contribuir com essa parte, pode deixar que eu faço!”
=> Se oferecer de maneira espontânea e ativa – sem ficar na espera
=> Se arriscar por se sentir confiante sobre o próprio valor, dons e talentos
Aqui na Universidade do Ser entendemos a importância dessa tríade. Estamos constantemente refletindo e trabalhando nossos quatro pilares: empoderamento, convivência, colaboração e sustentabilidade justamente porque um está diretamente conectado ao outro.
Para nos tornamos melhores colaboradores, precisamos explorar a potência que habita dentro de nós. É na colaboração que temos a oportunidade de somarmos e multiplicarmos forças, talentos e conhecimentos convivendo em grupo e em harmonia. É entender que cada um tem a sua potência para oferecer na manutenção do coletivo. Para nós, fica claro que o processo da colaboração, com indivíduos autônomos, é o cenário que todos ganham.
E pra você, essa reflexão trouxe boas respostas?
Como você tem se conscientizado das suas habilidades, dons e talentos? Tem colocado eles na roda, na intenção de colaborar?”
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