A forma mais eficiente para alcançar a linha de chegada é aceitando a determinação como um atalho
Tudo em nossa vida começa através da vontade. Até mesmo quando não a reconhecemos, é ela o sentimento que faz com que continuemos mesmo ao pensar ser o fim da linha. Mas o quanto ela influencia nossas ações?
Será que é possível perder a vontade? E será possível recupera-la? Precisamos redescobrir o papel essencial da vontade como meio para atingir objetivos e revolucionar as nossas vidas.
A origem de tudo
Podemos começar a compreender a vontade como um elemento que, apesar de sutil, representa a causa mais poderosa de todas. É o combustível mais eficiente.
Tendemos a acreditar naquilo que é palpável, concreto e material. No que podemos ver e tocar. Contudo, o material só existe porque partiu primeiro de uma vontade.
Como entender melhor? Ao pensar em obras arquitetônicas que resistem ao tempo, temos algo que é material. Esse material é o rastro da vontade daquele que a construiu. Com a evolução da sociedade, a obra permanece, e apesar do corpo físico do autor não estar mais presente, sua vontade é eternizada.
A resiliência do elemento
Com o tempo, o conceito de vontade foi ligado ao desejo, mas não são a mesma coisa. O desejo é um sentimento passageiro. A vontade faz parte da natureza do homem, é parte do seu corpo emocional.
É importante também não confundir a vontade com “paixão”. A paixão muitas vezes resulta no descontrole, até na violência com uma força explosiva momentânea, a força bruta. Caracteriza a perda da razão, é a sobreposição do inconsciente.
Já a vontade é sóbria, perseverante e duradoura. Possui sempre um porquê e um objetivo. Até o corpo é composto por constância e perseverança. Vontade é decidir por algo e perseverar.
É preciso cultivar a força duradoura, constante, que fará diferença na sua vida porque move os seus passos em direção ao que deseja.
A paixão controla o homem. A vontade faz o homem ter controle.
O desejo é similar a euforia, temporário como a chama que acende e se apaga depois de um tempo. A vontade é uma companheira de vida toda.
Vontade não passa, o que passa é o desejo.
A jornada para os objetivos
A natureza contribui para a vontade do homem, que trabalha em razão da própria natureza. Só de dizer que queremos algo já mudamos tudo. Estar muito longe ou muito perto do objetivo importa menos do que o fato de que você está a caminho dele.
A vontade é um objetivo muito claro que você pode ver lá na frente e vai trilhando com paciência, sabedoria e prudência até alcançá-lo, ciente de onde quer chegar.
Temos dificuldade de acessar ou manter a nossa vontade porque a modernidade alimenta a dúvida. Vivemos a sociedade da insegurança. Já a vontade requer certezas: precisamos planejar nossos objetivos, mas não podemos titubear ou deixar de seguir em frente por medo. O tempo passa enquanto tentamos decidir.
Pense nas crianças e em sua admiração por heróis. Lembre-se de todas as possibilidades que eles inspiram. Por causa do herói, eles sentem serem capazes de qualquer coisa. Nutrem sonhos e fortalecem a vontade por realizá-los. Não podemos nos acomodar com o pensamento de que menos “esforço” é o melhor caminho. Perdemos a vontade quando estagnamos.
A possibilidade de fazer o impossível
Não percebemos a vontade de imediato, somente sabemos que temos o corpo físico, as emoções e a mente.
A tradição indiana considera que temos vários corpos, cada um com suas motivações:
- Energético;
- Emocional;
- Mental;
- Físico.
Por exemplo, a mente é curiosa, já a energia gosta do que alimenta o corpo. Mas existe algo que foge da motivação do corpo, algo que pode transcender. Podemos pensar em figuras históricas que se arriscaram em uma revolução. Por que será que faziam isso?
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