Universidade do Ser, escrito pelo prof. Marcelo Pelizzoli.
“Como ouvidor, você está assumindo o papel não de juiz ou mediador, mas de curador.”
Na base da chamada Escuta Empática ou compassiva, deve-se “buscar ver através de qualquer máscara de hostilidade e medo a sacralidade do indivíduo e desvelar as feridas sofridas por todas as partes. Os que escutam não defendem a si mesmos, mas aceitam o que os outros falam como suas percepções”.
O monge budista Thich Nhat Hanh desenhou os três passos para a paz como:
• Primeiro, escutar os sofrimentos de todos os lados;
• Segundo, relacionar o sofrimento de cada lado ao do outro; e
• Terceiro, colocar todos os lados juntos de modo que eles possam se ouvir uns aos outros.
“A Escuta Compassiva não deve ser confundida com a mediação ou a resolução de conflito. Enquanto ela pode mediar ou resolver um conflito, como uma abordagem, ela busca cuidar das raízes da discórdia, não necessariamente suas consequências. A Escuta Compassiva busca estabelecer esse fundamento escutando profundamente àqueles envolvidos num conflito, acreditando que muitas pessoas, quando se sentem verdadeiramente ouvidas, ficarão curiosas de ouvir as experiências daqueles com quem estão em desacordo”.
Na prática, este modelo começa com “o que fala não responde ao que o outro falou, mas relata sua própria experiência. Os ouvidores não contradizem ou respondem com julgamento, e limitam suas perguntas a perguntas abertas-fechadas para trazer mais informação ou para se assegurar de que ouviram corretamente”.
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