Terapia dos Sistemas Familiares: as jornadas que traçamos rumo a vida adulta

Universidade do Ser e Prof. Marcelo Pelizzoli

“A habilidade de permanecer centrado em meio a situações de estresse interno é um atributo do EU Profundo.”

 

Para compreender plenamente nossa trajetória presente e delinear nossos caminhos futuros, é crucial voltar o olhar ao passado. E nesse contexto, emerge uma abordagem terapêutica intrigante e esclarecedora: a IFS: Internal Family Systems ou Sistemas Familiares Internos, como é conhecida no Brasil.

Já refletiu sobre o quão profundamente suas ações são influenciadas por suas experiências de infância? E o quanto até mesmo as influências do período em que estava no útero moldaram quem você é? Essas são questões que a Terapia dos Sistemas Familiares Internos se propõe a desvendar.

 

Desvendando a Terapia dos Sistemas Familiares Internos

 

Fundamentada na Teoria dos Sistemas Familiares, essa terapia concebe que uma compreensão completa do indivíduo só pode ser alcançada quando exploramos a multiplicidade da mente. Nesse âmbito, nossos comportamentos estão intrinsecamente ligados às maneiras como fomos criados e como nossa consciência se forjou.

Por meio dessa abordagem psicoterapêutica, muitos terapeutas e teóricos têm observado a existência de subpersonalidades ou “partes” dentro de cada um de nós. Pensadores como Assagioli e Jung desenvolveram suas interpretações sobre essas partes.

Assagioli enxergava várias subpersonalidades, enquanto Jung as organizava em complexos, que poderiam ser negativos ou positivos, como arquétipos. Ambos concordavam que cada indivíduo carrega um “Centro” (Self), que difere das partes mencionadas. O Self (EU Profundo) representa um estado neutro, uma espécie de observador passivo, que pode se desenvolver para se tornar o gerente ativo da personalidade, conforme Assagioli, ou mesmo integrar-se à personalidade total, de acordo com a perspectiva de Jung.

 

Conhecendo os Sistemas Familiares

 

Para compreender com mais clareza, os Sistemas Familiares são categorizados em três grupos:

1. Partes de Sobrevivência

Dentro desse grupo, encontramos os “gerentes” e os “bombeiros”.

Gerentes: São as partes que exercem maior controle e administram nosso sistema interno. Essas partes frequentemente se esforçam para afastar sentimentos difíceis oriundos das partes exiladas – um conceito que exploraremos em breve. Por vezes, os gerentes assumem papéis indesejados para evitar surpresas desagradáveis que possam desencadear as partes feridas. Essa atitude pode levar a comportamentos como reclusão, desapego emocional e fobias.

Bombeiros: São partes mais impulsivas e menos controladas. Elas agem para dissociar a pessoa de sentimentos dolorosos trazidos pelas partes exiladas. Por vezes, incentivam a pessoa a se tornar auto-absorvida. Ações comuns dessas partes incluem abuso de drogas e comportamentos compulsivos.

Gerente ou gestores
Bombeiros

 

2. Partes Traumatizadas

Essas partes, conhecidas como exilados, se originam de eventos traumáticos, especialmente aqueles ocorridos na infância. Abandono e falta de apoio emocional estão entre os eventos que podem levar à formação de exilados. São sentimentos que a pessoa não consegue processar completamente e, consequentemente, ficam estagnados no tempo.

 
3. Partes Saudáveis

 

Representadas pelo Self ou Eu Profundo, essas partes são o núcleo da pessoa.

Quando em conexão com o Self, Schwartz identificou oito Cs envolvidos em auto-energia e auto- liderança compartilhados por quase todos. Incentiva-nos a perceber a qualidade em si mesmo (Self) e pergunta-se o que cada uma significa:

curiosidade, clareza, calma, criatividade, coragem, conexão, compaixão e confiança.

 

Em Busca do Self e da Cura

 

A habilidade de permanecer centrado em meio a situações de estresse interno é um atributo do Self, como proposto por Assagioli. É como ter uma mente consciente e saudável, independentemente das mudanças que ocorram. Explorar esse EU Profundo nos permite compreender nossas subpersonalidades sem julgamentos, abraçando todos os sentimentos intensos e duradouros.

O Prof. Marcelo Pelizzoli ressalta que nessa abordagem, conhecida como “terapia das partes”, é importante considerar todas as partes que constituem nossa personalidade. Através do cultivo do Self/EU Profundo, podemos encontrar libertação das cargas do passado, reconquistar mais estabilidade emocional e harmonizar os diversos elementos de nosso sistema interno.

Para aqueles que buscam alívio de fardos passados, a recuperação do centramento interior ou a reconciliação das partes de seu ser, o curso especializados em Sistemas Familiares Internos, SFI: Como Chegar ao Eu Profundo, oferece um caminho de consciência e aprofundamento, tanto para o autoconhecimento como para prática terapêutica.

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Agora, conta pra gente nos comentários: Você já conhecia essa abordagem dos Sistemas Familiares Internos? 

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3 Comentários
  • Karine
    Postado às 18:16h, 04 maio Responder

    Gostaria de receber mais informações sobre o curso SFI: Como Chegar ao EU profundo

    • Elza
      Postado às 20:05h, 12 maio Responder

      Olá, Karine!
      A próxima turma está prevista de abrir inscrições entre os meses de junho e julho/2023. Aqui nesse link você pode conhecer a proposta do curso: https://bit.ly/Eu-Profundo

  • Pingback:Universidade do Ser | O que são os Sistemas Familiares Internos (IFS em Inglês)
    Postado às 17:02h, 07 agosto Responder

    […] Para a Terapia dos Sistemas Internos (IFS) a nossa mente é subdividida em múltiplas personalidades chamadas de “partes”, classificadas como protetoras e exiladas (crianças feridas). Detalhamos mais sobre cada uma destas partes nesse post… […]

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